Hitler viu na Guerra Civil Espanhola uma grande oportunicade para testar, em cenário real, o poderio de sua força aérea. As tropas de Francisco Franco, que haviam tomado o poder na colônia espanhola do Marrocos, precisavam retornar rapidamente à Espanha para reforçar as fileiras do exército rebelde nacionalista e inibir um contra-ataque dos republicanos, que, apoiados pelos soviéticos, tentavam reverter o golpe de Estado para reconduzir ao poder o governo socialista. Em socorro a Franco, a Luftwaffe montou uma megaoperação de transporte com um esquadrão de 20 aviões Junkers JU-52 escoltados por seis caças Heinkel HE51. Em tempo recorde, mais de 10 mil soldados franquistas foram repatriados do Marrocos para a Espanha. Entusiasmado com os resultados, Hitler criou a Legião Condor, que passou a atuar em várias frentes de combate junto com as forças rebeldes e da Itália fascista de Mussolini. No front espanhol, Hitler pôde observar e testar suas novas aeronaves, táticas de guerra e treinar seus pilotos.
A maior demonstração de força da Legião Condor foi o bombardeio da cidade de Guernica, que ficou eternizado no famoso mural de Pablo Picasso. A Luftwaffe, com seu imenso poder de fogo, foi a grande estrela da vitória franquista. O fim do conflito trouxe aos estrategistas do Reich a certeza de que estavam no caminho certo. Os ases da Legião Condor foram recebidos em casa por uma Alemanha confiante e orgulhosa do poderio de sua emergente Força Aérea. (Correio Braziliense, 29 de agosto de 2000)
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